quinta-feira, 3 de abril de 2008

ANNE RICE

Vamos deixar bem claro uma coisa: Ela se tornou cristã e está escrevendo dentro dessa área mas ainda assim ela é uma das minhas escritoras favoritas, no que se refere a literatura de entretenimento, pelo fato dela trabalhar com um tema que sempre me fascinou, o ocultismo. Apesar de eu ser praticamente cético e agnóstico, sempre pesquisei essa área por conta própria. É genial como ela consegue trabalhar a imaginação com esse tema, como a impressionante saga da Família Mayfair iniciado no volume A Hora das Bruxas, isso sem contar os volumes das Crônicas Vampirescas, o qual tenho orgulho de possuir quase todos os volumes. Mas sem sombra de dúvida o livro mais marcante e ousado é Memnoch. Lestat encontra o demônio em pessoa que se auto-denomina Memnoch, sobe ao Paraíso e vê Deus face a face e desce ao Inferno. Encontra com Jesus na via crucis e bebe o sangue de Cristo. Escuta do demônio a sua versão da criação do mundo. Todos os detalhes escritos de modo tão rico e convincente que acabamos sentindo uma imensa pena quando acabamos com a leitura, tanto que já li umas três vezes. Recomendo também a História do Ladrão de Corpos, aventura fascinante que prende o leitor do início ao fim. Uma literatura leve, para os padrões de Rice e por isso mesmo super divertido.
Segue abaixo uma pequena biografia.
"Anne Rice cresceu em New Orleans vivendo num espectro de estimulação física e artística. Ela foi criada de um jeito diferente e exposta a grandes ideais que deram-na um apurado senso de auto-valorização. Sua imaginação desenvolveu-se e populou um mundo de fantasia, usando vários elementos do mundo do mistério e sobrenatural. No entanto, seu senso de nuance e sua herança sulina e irlandesa teve influencia suficiente no seu estilo para torná-la uma grande escritora. Os eventos dramáticos que aconteceram em sua vida resultaram numa riqueza emocional que recheia suas obras e cativa muitos leitores.
Anne experimentou uma série de perdas em sua vida, incluindo a morte de sua mãe, que chegou a ameaçar sua própria saúde e paz. Ela sentia vontade de se render ao desespero tanto quanto a necessidade de resistir, paralelamente ela possuía o desejo de estudar, numa era em que tais valores eram estranhos a pessoas com a sua idade. Desde a infância, ela sentia-se diferente das outras crianças, nunca se encaixando em espectativas sociais. Ela variava entre a vontade de ser aceita e a vontade de ser ela mesma. Toda vez que se acertava, tornava-se mais forte, mas a vida mostrava-se mais negra.
Quando tinha 20 anos de idade, ela escreveu histórias sobre sexo e erotismo, fascinada com a liberdade da experiência masculina e com suas próprias qualidades masculinas. E então outra tragédia aconteceu em sua vida: a perda da sua filha de 5 anos; até que ela achou um assunto que unisse dor, intensidade e o imaginário do impacto das experiências da vida e das perdas: o vampiro.
Notando a compulsão e a sensualidade da mitologia vampírica, Anne utilizou sua própria intensidade física para delinear as qualidades eróticas. Ela colocou seus vampiros em relacionamentos que andavam em paralelo com a experiência homossexual, exatamente quando ser homossexual significava exibir coragem de políticos pioneiros. Expressando seus desejos pessoais através de metáforas, ela conectou-se com estabelecimento e revolta.
Estimulada pelo seu sucesso, Anne explorou outros assuntos pelos quais era obsecada, misturando aspectos da sua vida com valores da vida de seus personagens. Seus próximos dois livros traçaram uma crise estrutural mais uma vez, mas não alcançaram sucesso. Anne teve que optar por seguir instruções de seus editores sobre o que venderia mais ou continuar com suas próprias visões. Desde quando "conformidade" nunca esteve no topo da sua lista, ela decidiu-se pela segunda opção.
O trabalho de Anne Rice reflete sua própria vida. Ela procura por clareza de expressão como um meio de estabelecer clareza de valores. Ela utiliza suas "novelas" para aproximar-se, cada vez mais, do contato com a essência da vida, incluindo áreas proibidas pela sociedade. Sua vida dá autenticidade a seus personagens, mas seu trabalho também inclui qualidades místicas. Tendo vivido através de décadas de descontentamento social e possuindo o mecanismo de canalizar em seus textos um sentimento intimista, a biografia de Anne Rice nos convida a ver como os elementos universais e altamente contemporâneos em seus livros pode fazer-nos entender melhor nossas próprias vidas."

Lista de livros, com texto traduzido direto do site oficial http://www.annerice.com/

LIVROS DE ANNE RICE
O VAMPIRO ARMAND
O Vampiro Armand (1998)
Retirado da orelha do Livro "Pandora" (versão em inglês):
Nos últimos capítulos das Crônicas do Vampiro, Anne Rice invoca mundos incríveis para trazer-nos a história de Armand - eternamente jovem, com o rosto de um anjo de Botticelli. Armand, que apareceu pela primeira vez em toda sua glória negra mais de 20 anos atrás no agora clássico Entrevista com o Vampiro, a primeira das Crônicas do Vampiro, a obra que estabelece sua autora como uma magnífica e mundialmente conhecida contadora de histórias de reinos mágicos.
Agora, nós acompanhamos Armand através de séculos ao Kiev Rus de sua infância - uma cidade em ruínas sobre domínio mongol - e a antiga Constantinopla, onde viajantes Tartar o vendem como escravo. E num magnífico palácio na Veneza da Renascença nós o vemos emocionalmente e intelectualmente subjulgado ao grande vampiro Marius. Ele é quem consegue se misturar aos mortais como um misterioso e recluso pintor e quem proverá o vampírico sangue a Armand.
À medida que a obra avança ao clímax, movendo-se por entre cenas luxuriantes e elegantes, por emboscadas, fogo e adoradores do demônio até a Paris do século XIX e a New Orleans de hoje, nós vemos nosso eterno, vulnerável e romântico herói forçado a escolher entre sua nova imortalidade e a salvação da sua alma imortal.
Texto traduzido da página oficial da Anne Rice http://www.annerice.com/
A HORA DAS BRUXAS
A Hora das Bruxas (1990)
A primeira na saga das Bruxas Mayfair, A Hora das Bruxas, introduz a ficcional família Mayfair de New Orleans, que agraga várias gerações de bruxas e bruxos. Essa família é intensamente conectada, onde a morte de um dos seus membros fortifica o conhecimento de outro. Nessa trama, uma Mayfair por geração é designada a receber o poder "do homem", conhecido como Lasher. Lasher presenteia-a com seus "dons", as excitam, e as protegem. Sem certeza do que o espírito realmente é, o clã Mayfair apenas o conhece, variavelmente, como: protetor, uma figura quase divina, um ser sexual e a imagem da morte. A atual bruxa de Lasher é Deidre, a qual repousa catatônica, consequência do seu tratamento de choque.
A filha de Deirdre, Rowan, foi afastada da influência desse "mal" e tornou-se uma feliz neurocirurgiã, que possui um dom incomum de ver a inteção das pessoas por detrás da faixada. Rowan também possui o poder que poucos doutores possuem: ela pode curar. Apesar dela usar suas virtudes para salvar vidas, ela teme ter sido a causa de algumas mortes. Ela salva Michael de um afogamento e então ele desenvolve poderes extraordinários que levam-no a seguir para New Orleans à procura de Rowan. Assim, a história vai sendo desvendada, Micheal descobre segredos encontrando pessoas conectadas à família. Muitos temem Rowan, pois ela tem o poder de matar sem a ajuda de Lasher.
Micheal mergulha no aprendizado da história das bruxas Mayfair: Deborah, Charlotte, Mary Beth, Stella, Antha e muitas pessoas através de séculos e de três continentes. Quando ele desvia sua atenção de seus estudos, percebe que Rowan veio a New Orleans para participar do funeral de sua máe. Rowan, também, conhece a história da sua família, seu lar ancestral envolvido numa cena de morte e sangue e Lasher esperando pela próxima vítima. Ela se dedica a por um fim no reino de Lasher. Micheal possui sua prórpia missão, também, mas ainda demostra-se perdido e confuso. No entanto Lasher é sedutivamente poderoso e os dons de Rowan oferecem a oportunidade de alcançar seus objetivos.
Texto traduzido da página oficial da Anne Rice http://www.annerice.com/

CHORE PARA O CÉU
Chore para o Céu (1982)
Seguindo a história de dois homens, castrados para conservar suas vozes soprano, Chore para o Céu é uma novela histórica que se passa na Itália do século XVIII. Guido Maffeo é castrado aos seis anos de idade e entra para um conservatório. Ele transforma-se numa estrela até perder sua voz. Após perder a voz ele torna-se um professor, procurando por um garoto que possa completar seu sonho perdido. Então Guido vai a Venice, onde encontra Tonio Treshi.
Tonio é o filho da nobreza e um lindo cantor. Ele sonha e fala sobre tornar-se um cantor, mas sua família não concorda - essa profissão são para os castrati e não para um filho da nobreza. A família de Tonio é complicada, sua mãe é uma alcoólatra que alterna entre a insanidade e o torpor, seu irmão (Carlo) foi desonrado por ter seduzido uma garota comum. Mas Tonio descobre a verdade sobre os pecados de seu irmão, e acha na música o abrigo para esconder seu medo e confusão. Tonio é persuadido a ser castrado e dedica sua vida à vingança contra Carlo. Ele percebe no conservatório de Guido o que havia acontecido com ele, então se recusa a cantar. Guido é atormentado por Tonio e ele, então, deixa o conservatório.
Tonio, dessa forma, acha que não mais pertence a nenhum lugar e que seu poder é construtivo. Ele volta ao conservatório para cantar. Começa seu conflito interno: vingança e autocontrole. Então Tonio começa seu caminho ao estrelato e decadência, não conseguindo alcançar equilíbrio na sua vida. Sua sexualidade prova ser uma fonte de complexidade, confusão e promessa. Quando Tonio consegue arrumar sua vida, ele toma conhecimento da morte de sua mãe e a hora do confronto com Carlo chega.

A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS
A História do Ladrão de Corpos (1992)
Retornando a Lestat como personagem principal, o quarto livro das Crônicas do Vampiro o apresenta como um ser impulsivo e descuidado a procura do que ele quer: um serial killer no Sul da Califórnia. Lestat é cercado por mortais nesse livro. Um novo valoroso e personagem de contraponto é apresentado, Raglan James. James é um caçador de vampiro e um formidável adversário para Lestat. Raglan oferece a ele a oportunidade de, temporariamente, trocar de corpo com um jovem mortal. Contra o conselho de Louis, Lestat aceita e descobre que ele odeia tudo sobre o ser-humano. Mais tarde ele descobre que James desapareceu com seu poderoso corpo. Louis, então, recusa-se a ajudar Lestat a se transformar novamente em um vampiro. Dessa forma ele procura por um mortal para o ajudar a desfazer a troca de corpos. Centrado nos assuntos de corpo, alma e migração de alma, O Conto do Ladrão de Corpos é uma novela de ação.
Fatos Interessantes:
Anne Rice escreveu grande parte desse livro enquanto viajava num cruzeiro no Caribe.

ENTREVISTA COM O VAMPIRO
Entrevista com o Vampiro (1978)
Essa é a história de Louis, como dito por ele mesmo, de sua jornada através do mundo mortal e imortal. Louis reconta como ele se transformou em um vampiro nas mãos do sinistro e radiante Lestat e como, relutante, ele foi ensinado a viver sua vida nas trevas. Sua história é contada através das ruas de New Orleans, definindo momentos cruciais, como a descoberta da esquisita jovem criança perdida Claudia querendo não machucá-la, mas confortá-la com os últimos sopros de humanidade que ainda habitam sua alma. Apesar disso, ele transforma Claudia em uma vampira, confinando sua paixão, vontade e inteligência no corpo de uma frágil criança. Louis e Claudia formam uma aliança aparentemente inabalável e entram em um acordo por um tempo no opulento French Quarter. Louis relembra do esforço de Claudia para entender sua existência e ambos alimentam um grande ódio por Lestat, que os leva à uma jornada pelo mundo atrás de outros seres como eles. Louis e Claudia estão desesperados por encontrar um lugar a que eles pertençam, achar outros que os entendam, que saibam o que eles são.
Então ambos viajam para a Europa, eventualmente visitando Paris e o prestigiado Teatro dos Vampiros - que é um grupo de vampiros fingindo ser mortais que fingem ser vampiros. Lá eles encontram o carismático e etéreo Armand, o qual os introduz na grande sociedade dos vampiros. Mas Louis e Claudia descobrem que encontrar outros como eles não faz com que as respostas às suas perguntas sejam achadas facilmente e, na verdade, isso traz um perigo inimaginável.
Originalmente Entrevista com o Vampiro começa como uma história curta, o livro se desenvolve conforme Anne Rice mergulha na sua narrativa, misturando o trágico às triunfantes experiências de vida de uma alma. O esforço dos personagens é capturado, também como as mudanças políticas e sociais de dois continentes. Esse livro também apresenta Lestat, o personagem mais forte de Anne Rice, uma desenvolvida mistura de atração e repulsão. O livro, cheio de descrições lascivas, é centrado no tema da imortalidade, mudança, perda, sexualidade e poder.


Fatos Interessantes:
O manuscrito original de Entrevista com o Vampiro é bastante diferente da versão final publicada. Após os direitos autorais serem vendidos à editora Knopf, Anne Rice rescreveu o livro, adicionando toda a história do Teatro dos Vampiros e trazendo Lestat de volta após sua suposta morte.

O VAMPIRO LESTAT
O Vampiro Lestat (1985)
O vampiro Lestat, primeiramente encontrado em Entrevista com o Vampiro, tinha sua própria história para contar. O segundo livro de Anne Rice das Crônicas do Vampiro, segue Lestat através dos tempos ao passo que ele conduz sua própria procura por suas origens e em achar algum sentido no que aconteceu a ele. Diferente do cruel e sombrio Lestat que nós observamos no livro anterior, esse revela uma figura simpática que possui um jeito singular de combinar sua moralidade, romantismo e bravura. Lestat adormeceu por 55 anos e acorda fascinado com o mundo moderno. Então ele torna-se um cantor de rock superstar e milhões de fãs cedem a sua magia. Quebrando o código de silêncio dos vampiros, Lestat revela-se ao mundo na esperança de que os mortais se unam, e juntos, descubram o mistério de suas existências.
A história nos transporta, sem esforço, de volta a França do século XVIII, o mundo da infância aristocrática de Lestat. Assim ele conta sua história, de seu esforço quando criança contra seu pai através da antiga França livre, como um ator, até sua transformação em um vampiro. Nós viajamos com Lestat enquanto ele procura por outro vampiros, algumas vezes sozinho, outras vezes com a inesquecível Gabrielle ou com o devastador Nicolas. Lestat circula pela Europa procurando por suas origens e por pistas do nascimento do vampiro, mas ele acha que as respostas escapam de sua mente. Através de suas procuras e viagens, ele também cultiva alguns vampiros inimigos que acham que suas viagens atrapalharão sua coexistência com os mortais, ou que ele aspira controlar todos eles. E quando Lestat finalmente acha o primeiro vampiro, ele também acha sua verdade, acordando forças antigas e a ira de seus inimigos. Lestat que era o caçador, agora é a caça.

MEMNOCH, O DEMÔNIO
Memnoch, o Demônio (1994)
No quinto livro das Crônicas do Vampiro, Lestat está procurando por Dora, a linda e carismática mortal, filha de um grande traficante de drogas. Dora sensibilizou Lestat como nenhum mortal havia feito antes, e ele não consegue ficar longe dela. Ao mesmo tempo, ele está profundamente consciente de que o demônio sabe quem ele é e deseja algo de Lestat. Enquanto ele divide-se entre o mundo vampírico e o amor por Dora, Lestat é envolvido por Memnoch, que diz ser o demônio. Memnoch apresenta a ele oportunidades inimagináveis: testemunhar a criação, visitar o purgatório, ser tratado como profeta. Lestat se vê dividido entre Deus e o Diabo. Em quem ele acredita? A quem ele serve? Qual é o elemento da fé religiosa? Ele está surpreso diante de uma decisão final.
MERRICK
Merrick (2000)
Descrição retirada da Amazon.com:
Exatamente quando você pensou que era seguro um sugador de sangue sair das sombras em New Orleans, juntamente apareceu Merrick Mayfair, belo octorron cujo voodoo pode transformar o mais durão dos vampiros em uma marionete dançando com ela num compasso assustador. Em Merrick, Anne Rice traz de volta três de suas mais selvagens personagens: o vampiro Lestat, Louis e a vampira-criança Claudia, e os transportam para o mundo das Bruxas Mayfair.
É Louis quem cria a colisão entre o mundo das presas e do voodoo. Louis fez Claudia uma vampira no clássico Entrevista com o Vampiro, no qual ela foi destruída, e agora ele está obsecado em ressucitar seu fantasma para questionar e procurar por um guia do além. (Claudia lembra, fisicamente, a filha de Anne que morreu de leucemia. A escritora quase morreu de diabete em 1998 e, escrevendo Merrick, teve sua grande volta numa maravilhosa onda de criatividade).
O Vampiro David Talbot ajuda Merrick a chamar pelo espírito de Claudia e tirar a culpa de Louis, mas Talbot mostra-se obsecado pelas bruxas. Como podemos ver, Talbot, diferente da maioria dos vampiros, viveu na década de 70 como um humano. Desse modo, sua resposta sexual aos humanos ainda é ainda tão forte quanto sua sede de sangue. Merrick pode criar encantos que fazem os homens a desejarem loucamente, e Talbot está atormentado. Após ela ler a sua mão, diz, "eu queria pegá-la em meus braços, não me alimentar dela, não, não machucá-la, apenas beijá-la, apenas penetrar minhas presas levemente para provar o gosto de seu sangue e de seus segredos, mas isso é horrível e não deixaria continuar."
Os segredos de Merrick são negros e sensuais, mas o livro é um rompante animado pelos sentimentos de Anne voltando à vida através da mágica da literatura. A narrativa volta ao passado, à uma aventura tipo 'Indiana Jones", numa caverna na Guatemala e a cenas de outras obras da escritora.
Depois de tantos livros, as Crônicas do Vampiro estava quase condenada a tornar-se enfadonha. A mágica de Merrick Mayfair representa uma injeção de sangue novo.

A MÚMIA
A Múmia (1989)
Um arqueólogo acaba de desenterrar o achado da sua carreira, a tumba de Ramses II. Na porta da tumba está escrita uma maldição. A múmia do rei , o qual clamou pela imortalidade, adormece. O arqueólogo morre e o tesouro é mandado para sua filha Julie na Inglaterra. Ela, então, descobre que a múmia voltou a vida como um homem perfeito. Julie cresce para o amar e apresentá-lo à vida moderna, incluindo os museus que se propõem a reconstruir o seu tempo. Ramses fica perturbado e enojado com a figura moderna de Cleopatra. Logo ele, Julie, seu ex-noivo e o seu pai Elliot viajam para o Egito. Lá, Ramses é ainda mais importunado pelo gosto dos turistas a cerca de sua antiga civilização. Num dos museus, ele reconhece uma mulher desconhecida mumificada como sua amada Cleopatra. Numa noite, ele retorna com o elixir da imortalidade e a traz de volta à vida. Porém a mente e a beleza de Cleopatra não são restauradas. Ela torna-se um horrível monstro, um cadáver errante e uma mente desorientada que mata sem compaixão. Ramses a abandona, deixando-a para Elliot, sem perceber que ele, também, encontra-se em perigo. Então todos tomam o elixir, com Cleopatra e Ramses nas sombras.
Fatos Interessantes:
A Múmia foi originalmente escrito para ser transformado em um roteiro de cinema. Mas quando os produtores de Hollywood distorceram o trabalho de Anne Rice, e quiseram mudar quase toda a história, ela desistiu do projeto e publicou a história como um de seus livros.

PANDORA
Pandora (1998)
Retirado da orelha do Livro "Pandora" (versão em inglês):
Anne Rice, criadora do vampiro Lestat, das bruxas Mayfair e dos maravilhosos mundo no qual eles habitam, agora nos dá o primeiro livro de uma nova série de obras ligadas ao neófito David Talbot. David que agora tornou-se o cronista do seu companheiro imortal.
A "novela" começa em Paris do nosso presente, num café repleto de pessoas , onde David encontra Pandora. Ela tem dois mil anos de idade, uma criança do milênio, a primeira vampira abraçada pelo grande Marius. David consegue persuadí-la a contar a história de sua vida.
Pandora começa, relutante no primeiro momento, e então, com a paixão crescente, a contar sua detalhada fábula. Ela nos leva através das eras, do Império Romano à França do século XVIII, a Paris do século XX e New Orleans. A grande vampira viaja de volta a sua infância quando mortal no mundo de César Augusto, um mundo escrito por Ovídio e Petrônio. É exatamente onde Pandora encontra-se e apaixona-se pelo belo, carismático, de bom coração, "ainda mortal" Marius. Essa é a Roma de onde ela é obrigada a fugir com medo de ser assassinada pelos conspiradores, os quais tramam conquistar a cidade. E nós a seguimos ao exótico porto de Antioch, onde ela está destinada a se reencontrar com Marius, agora imortal e atormentado por sua natureza vampírica. O que irá prover-lhe o "dom negro" enquanto eles se aventuram através de dois séculos juntos.
A RAINHA DOS CONDENADOS
Terceiro livro das Crônicas de Vampiros, A Rainha dos Condenados desenvolve-se dentro de três linhas de história.
O astro de rock Vampiro Lestat prepara-se para um concerto em San Francisco, sem a menor idéia de que centenas de vampiros estarão entre os fãs aquela noite. Eles estão seriamente comprometidos em destruir Lestat, pois este arriscou a segurança e o sigilo da existência de todos os vampiros.
O sonho de um grupo de homens e mulheres, vampiros e mortais, no mundo todo é interrompido por um misterioso sonho: gêmeos de cabelos vermelhos sofrem uma inexplicável tragédia. Todos os que tiveram esse sonho, como se puxados por alguma força, vão se aproximando cada vez mais um do outro... mais perto eles ficam, mais claro vai se tornando o pesadelo. Alguns morrem no caminho, alguns sobrevivem para enfrentarem seu terrível destino, construído ao longo de sua peregrinação.
A jornada de Lestat para as profundezas de uma caverna, localizada sob uma ilha grega, em busca das verdadeiras origens dos vampiros, acaba por acordar Akasha - "A Rainha dos Condenados" e mãe de todos os vampiros- de um sono de mais de 6000 anos. Acordada e com ódio, Akasha planeja salvar a humanidade de sua própria sina elevando a ela mesma e seu escolhido filho/amante ao patamar de Deuses.
Quando essas três histórias se unem, a origem e a cultura dos vampiros é revelada, assim como toda a extensão de seus efeitos sobre o mundo mortal. As tramas se mesclam no século XX, quando o destino de vivos e mortos vivos e rescrito.
O SERVO DOS OSSOS
O Servo dos Ossos (1994)
Retirado da orelha do Livro "O Servo dos Ossos" (versão em inglês):
Uma nova saga começa, uma grande partira para a imcomparável Anne Rice.
Tendo criado fantásticos universos de vampiros e bruxas, tendo escrito as tramas de Lestat e dos Mayfair, ela nos leva agora a um novo reino do oculto. O mítico e o mágico na presença (agora e através dos séculos) de um negro e luminoso novo herói: o poderoso, inteligente, sorridente Azriel, o servo dos ossos.
Ele é um fantasma, um demônio, um anjo apaixonado pelo bem e aprisionado pelo mal. Ele abre seu coração para nós, nos contando sua surpreendente história, quando ele encontra-se - em nosso tempo, em New York - com uma apavorada testemunha do assassinato da jovem Esther e inexplicavelmente obsecado por vingança.
Ele nos leva de volta ao tempo que era mortal, a sua juventude na maravilhosa cidade da Babilônia, a passagem para os Deuses pagãos, uma maravilha do ziggurats, templos e navios ancorados de todas as nações.
Nós vemos Azriel nos seus 20 anos, um judeu, educado, rico, belo, fortemente devoto à sua tribo judaíca e dedicado aos seus profetas: Jeremias e Isaias. Nesse tempo de guerras sangrentas e distúrbios religiosos, reis ambiciosos e magos charmosos que competem com rabinos pela dominação espiritual, Azriel tornar-se vítima de uma trama roial. Ele é envolvido pela sua devoção ao seu único Deus hebreu a ser ressucitado pelos padres do mal e feiticeiras e são transformados em gênios decididos a cumprir suas promessas.
Desafiando essas forças destrutivas, usando toda sua força e inteligência para derrotá-los, Azriel embarca em sua dura jornada através do tempo, dos jardins suspensos da Babilônia à Europa das mortes negras e Manhattan dos anos 90. E no presente, seu confronto crucial com o ambicioso e multibilionário Gregory Belkin, um terrorista tele-evangelista, pai da misteriosamente assassinada Esther. Esse é o mal encarnado contra o qual Azriel luta.
Ao passo que a jornada de Azriel aproxima-se do climático horror, ele ousa usar e arriscar seus poderes sobrenaturais na esperança de acabar com a conspiração que ameaça o mundo. Assim, finalmente, ele se redimirá do que o foi negado há termpo tempo atrás: sua própria eterna alma humana.
TALTOS
Taltos (1994)
No terceiro livro das Bruxas Mayfair, a Talamasca procura preservar a raça quase extinta Taltos, juntando um macho com uma fêmea. Sua procura chama a atenção de um antigo Taltos chamado Ashlar, que se confunde com a identidade do próprio Lasher. Ashlar revela a mitologia do Taltos e delineia a ajuda de Rowan e Michael em sua batalha contra o mal. Ashlar deseja fazer justiça contra o sofrimento do seu povo. Para o ajudar, Michael tem que manter seu relacionamento com Mona Mayfair (uma preciosa jovem que ama sexo e computadores igualmente) em segredo, pois da união dos dois nasceu um Taltos fêmea. Rowan resolve ajudá-lo, mas sua missão é difícil, a Taltos Morrigan foi nomeada como a nova herdeira da fortuna dos Mayfair. Morrigan, então, transforma-se no mais novo monstro da família.
Fatos Interessantes:
Quando Ashlar reconta a sua história, ele dá detalhes da perseguição dos Celtas aos Taltos e a necessidade de se esconderem como uma tribo de humanos chamada Picts. Os Picts foram uma tribo da Bretanha. Anne Rice ficou intrigada por eles governarem a Escócia por séculos e então desaparecerem, deixando apenas alguns artefatos estranhos como prova de sua existência.
VIOLINO
Violino (1997)
Violin, editado em 15 de outubro de 1997, é a mais nova e sedutora novela de Anne Rice. Centrada no sobrenatural, sua ação atravessa séculos para contar a história de três carismáticas figuras envolvidas em música. Um retorno à linha romântica de seus primeiros livros, passional e atormentada, Violin vai da Viena do século XIX, com escalas na moderna cidade americana de New Orleans e no Rio de Janeiro, contando a história de três inesquecíveis personagens. A primeira é uma magnífica , vulnerável jovem, que sonha em se tornar uma grande música. O segundo é um brilhante, talentoso e perigosamente sedutor violinista - um espírito- que usa seus dons e seu violino mágico para dominar as emoções de sua vítima. O terceiro que, na essência, está sempre presente, é o espectro de Beethoven. A dramática interpretação de suas ambições, sonhos e desejos é o segredo de um conto funcional cheio de paixão e música. Fortíssimo no sentimento, uma novela em grande estilo que só Anne Rice poderia conceber.
VITTORIO
Vottorio, the vampire (1999) Descrição retirada da Amazon.com:
Com o livro Pandora, Anne Rice começa uma nova série magnífica de obras vampíricas. Agora, no segundo de seus Novos Contos dos Vampiros, ela nos mostra a cativante história de Vittorio, um vampiro nos anos dourados da Itália.
Educado em Florença de Cosimo de Medici, treinado nas artes guerreiras no topo do castelo de seu pai, Vittorio habita um mundo de esplendor cortês e de prazeres urbanos - um mundo que, repentinamente, é ameaçado, quando toda sua família é confrontada por uma força maldita.
No meio desse confronto, Vittorio é seduzido pela vampira Ursula, a mais linda inimiga sobrenatural dele. Ao passo que ele persegue seu ideal de vingança, adentrando na assombrosa Corte do Graal Rubi, cada vez mais encantado (e confuso) por causa de seu amor pela misteriosa Ursula, ele encontra-se tendo que encarar adversários demoníacos, guerras e intrigas políticas.
Contra o pano de fundo das maravilhas - ambas sagradas e profanas - e da beleza e ferocidade da Renascença italiana, Anne Rice cria uma apaixonante e trágica lenda de um jovem amor condenado e da inocência perdida.

Cristo Senhor : a Saída do Egito

Muito já foi dito sobre a fase adulta de Jesus Cristo. Mas como teria sido a infância de um dos maiores símbolos da fé católica? Em Cristo Senhor a saída do Egito, Anne Rice nos mostra Jesus aos 7 anos, tomando consciência aos poucos de que é diferente das outras crianças e tentando entender por que isso acontece. A autora mescla uma minuciosa pesquisa histórica a elementos de ficção para apresentar um Cristo humanizado, que conduz a narrativa em primeira pessoa e divide com os leitores suas dúvidas, seus medos e suas descobertas. A trama começa no Egito, para onde José, Maria e alguns parentes fugiram, a fim de manter o filho de Deus a salvo da fúria do rei Herodes. Até o dia em que um anjo avisa a José que é hora de voltar para casa: a cidade de Nazaré, na região ocupada atualmente por Israel. Antes, entretanto, eles decidem fazer uma parada para acompanhar a grande festa da Páscoa no Templo de Jerusalém. Mas, com a morte de Herodes, a cidade é invadida por soldados que cancelam a comemoração e espalham um rastro de sangue e terror. Assustada, a família de Jesus continua a jornada até Nazaré, se deparando com homens violentos no caminho e ouvindo rumores sobre as batalhas entre os romanos, que dominavam a região, e os rebeldes que pretendiam tomar o poder. Desde o início do livro, percebemos um Cristo totalmente sintonizado com o judaísmo, cuja educação é baseada na Torá e nas tradições orais contidas nela. Uma das fontes de consulta de Anne Rice foram os Evangelhos Apócrifos, que descrevem milagres feitos por Jesus ainda criança, como dar vida a pássaros de barro moldados durante uma aula em Alexandria, no Egito. Por não ter a exata dimensão de seus dons, o filho de Deus mata Eleazar, um vizinho valentão que costumava persegui-lo, e acaba trazendo-o de volta à vida, causando uma grande confusão. Ao mesmo tempo que vai percebendo do que é capaz, Jesus fica cada vez mais curioso a respeito de seu passado e das histórias que envolvem seu nascimento. Ele sabe que não é filho de José, mas tanto o carpinteiro quanto Maria o proíbem de fazer perguntas, dizendo que lhe contarão tudo quando chegar a hora. Com o passar dos meses, Jesus começa a juntar todas as peças que encontra para tentar desvendar sozinho o seu passado. Fragmentos de conversas em família, lembranças de passagens da própria vida e histórias contadas por um rabino ajudam a montar o quebra-cabeça, que só fica completo quando Maria finalmente decide revelar tudo.

Amadeus


Quando eu tinha 13 anos em 1985, minha mãe me forçou a ver um filme que não tinha a menor vontade de assistir. Fui para o cinema mau humorado, fazendo a maior cara feia. E qual não foi minha surpresa ao perceber que amei o filme. Vi inúmeras reapresentações. Na verdade nem sei dizer quantas vezes vi esse filme na minha vida. Sei que ele se tornou até hoje o topo da minha lista dos 10 mais.


A interpretação de F. Murray Abrahams como Salieri (foto ao lado, com maquiagem) é simplesmente a melhor interpretação que eu já vi de um ator, muito embora Gary Oldman seja o meu ator favorito. Tanto que, apesar da importância de Mozart eu ainda acho que o filme deveria se chamar Salieri. A relação de inveja, as expressões de raiva, frustração são tão marcantes que fica difícil acreditar que outro ator consiga ter a mesma performace. Não desmerecendo é claro a atuação de Tom Hulce como Mozart e de todo o elenco restante, figurino, reconstituição de época, as óperas, a maquiagem estupenda para envelhecer a personagem Salieri, enfim, um filme perfeito e eterno. Espero que nunca seja refilmado.
Abaixo listo umas curiosidades a respeito do filme e suas premiações.

- Ganhou 8 Oscars, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (F. Murray Abraham), Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado.

Recebeu ainda outras 3 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Ator (Tom Hulce), Melhor Fotografia e Melhor Edição.

- Ganhou 4 Globos de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator - Drama (F. Murray Abrahams) e Melhor Roteiro.

Recebeu ainda outras duas indicações, nas seguintes categorias: Melhor Ator - Drama (Tom Hulce) e Melhor Ator Coadjuvante (Jeffrey Jones).

- Ganhou 4 BAFTAs, nas seguintes categorias: Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Som.

Foi ainda indicado em outras 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Ator (F. Murray Abraham), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Direção de Produção.- Ganhou o César de Melhor Filme Estrangeiro.

- Ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Contribuição Artística no Festival Internacional de Flanders.

Curiosidades

- O ator Mel Gibson chegou a fazer testes para interpretar Mozart em Amadeus.

- O nome Amadeus, que é o nome do meio de Mozart, significa "Amado de Deus". A escolha desta palavra como sendo o título do filme se deve à uma correlação feita com a convicção de Salieri de que Mozart era abençoado por Deus ao compôr suas músicas.

- Vários acontecimentos da vida real de Mozart foram incluídos no roteiro de Amadeus, como seu encontro quando criança com Maria Antonieta.

- Todo o filme foi rodado sob luz natural.


segunda-feira, 31 de março de 2008

Nietzsche e o Cinema.

Desde pequeno assisto aquele grande clássico 2001 - Uma Odisséia no Espaço. Na época, eu devia ter por volta de 9 anos ou um pouco mais claro que não compreendi praticamente nada. Feliz então as pessoas que sempre acompanham as obras através do tempo para que numa época adequada consiga finalmente alcançar o significado das mesmas.
No caso de 2001 fica evidente a homenagem que Stanley Kubric fez a Nietzsche não só por ter escolhido como tema musical Also Sprach Zarathustra que é um poema sinfônico composto por Richard Strauss em 1896 baseado no livro Also sprach Zarathustra de Friedrich Nietzsche. A seção de abertura "Dawn" (amanhecer) é usada três vezes, a mais famosa sendo na sequência de abertura do filme. Observem o momento exato em que o homem descobre o que ele pode fazer com o pedaço de osso, o simbilismo da cena. Através da força, domínio ele irá evoluir. É a "ponte entre o macaco e o além homem". Na hora da evolução a música toca. Nietzsche estava nesta cena o tempo todo. Acredito, ouso até afirmar que ele esteja no filme inteiro se pararmos para analisar. Porém se ainda assim ninguém concordar comigo, não importa, pois segundo as palavras do próprio Nietzsche "Não existe fato e sim a interpretação".

Conheçam os Mestres do Pensamento

"Sou o mestre da minha vida". Bom de fato somos mesmo. Não foi Krishnamurti (foto ao lado) quem mesmo disse isso? “Pois cada um é seu próprio mestre e discípulo.” Porém como falei anteriormente temos influências para muitas vezes melhorar nossa vida. Partimos do exemplo de alguém e o trazemos para o nosso interior e isso se refletirá ao longo do caminho da vida, como no trabalho, no relacionamento íntimo, com os amigos e família. Lembro então o primeiro livro que li de Nietzsche: Ecce Homo. Confesso que a princípio não compreendi muito bem, mas afinal Nietzsche realmente é um pouco complicado para iniciantes, porém fui em frente e vi então o quanto meu pensamento se parecia com o dele, como minha visão tinha tanto a ver com a dele com algumas excessões é claro, mas ainda assim algo que 70%. Afirmo que compreendê-lo poderá mudá-lo para sempre.






Portanto segue abaixo uma lista de suas obras na ordem em que foram compostas:
· O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik, 1872); reeditado em 1886 com o título "O Nascimento da Tragédia, ou helenismo e pessimismo" (Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus) e com um prefácio autocrítico. — Contra a concepção dos séculos XVIII e XIX, que tomavam a cultura grega como epítome da simplicidade, da calma e da serena racionalidade, Nietzsche, então influenciado pelo romantismo, interpreta a cultura clássica grega como um embate de impulsos contrários: o dionisíaco, ligado à exarcebação dos sentidos, à embriaguez extática e mística e à supremacia amoral dos instintos, cuja figura é Dionísio, deus do vinho, da dança e da música, e o apolíneo, face ligada à perfeição, à medida das formas e das ações, à palavra e ao pensamento humanos (logos), representada pelo deus Apolo. Segundo Nietzsche, a vitalidade da cultura e do homem grego, atestadas pelo surgimento da tragédia, deveu-se ao desenvolvimento de ambas as forças, e o adoecimento da mesma sobreveio ao advento do homem racional, cuja marca é a figura de Sócrates, que pôs fim à afirmação do homem trágico e desencaminhou a cultura ocidental, que acabou vítima do cristianismo durante séculos.
· A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (Philosophie im tragischen Zeitalter der Griechen - provavelmente os textos que o compõem remontam a 1873 - publicado postumamente). Trata-se de um livro deixado incompleto, mas que se sabe ter sido intenção de Nietzsche publicar. Trata-se, no fundo, de um escrito ainda filológico mas já de matriz filosófica disfarçada por uma pretensa intenção histórica. Considera os casos gregos de Tales, Anaximandro, Heráclito, Parmênides e Anaxágoras sob uma perspectiva inovadora e interpretativa, relevadora da filosofia que é de Nietzsche.
· Ensaio Sobre a Verdade e a Mentira em Sentido Extramoral (Über Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinn, 1873 - publicado postumamente; edição brasileira, 2008). — No qual afirma que aquilo que consideramos verdade é mera “armadura de metáforas, metonímias e antropomorfismos”. Apesar de póstumo é considerado por estudiosos como elemento-chave de seu pensamento.
· Considerações Extemporâneas ou Considerações Intempestivas (Unzeitgemässe Betrachtungen, 1873 a 1876). — Série de quatro artigos (dos treze planejados) que criticam a cultura européia e alemã da época de um ponto de vista anti-moderno, e anti-histórico, de crítica à modernidade.
o David Strauss, o confessor e o escritor (David Strauss, der Bekenner und der Schriftsteller, 1873) no qual, ao atacar a idéia proposta por David Strauss de uma "nova fé" baseada no desvendamento científico do mundo, afirma que o princípio da vida é mais importante que o do conhecimento, que a busca de conhecimento (posteriormente discutida no conceito de vontade de verdade) deve servir aos interesses da vida;
o Dos usos e desvantagens da história para a vida (Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben, 1874);
o Schopenhauer como educador (Schopenhauer als Erzieher, 1874);
o
Richard Wagner em Bayreuth (Richard Wagner in Bayreuth, 1876).
· Humano, Demasiado Humano, um livro para espíritos livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie Geister, verão final publicada em 1886); primeira parte originalmente publicada em 1878, complementada com Opiniões e Máximas (Vermischte Meinungen und Sprüche, 1879) e com O andarilho e sua sombra ou O viajante e sua sombra (Der Wanderer und sein Schatten, 1880). — Primeiro de estilo aforismático do autor.
· Aurora, reflexões sobre preconceitos morais (Morgenröte. Gedanken über die moralischen Vorurteile, 1881). — A compreensão hedonística das razões da ação humana e da moral são aqui substituídas, pela primeira vez, pela idéia de poder, sensação de poder, início das reflexões sobre a vontade de poder, que só seriam explicitadas em Assim Falou Zaratustra.
· A Gaia Ciência — ou Alegre Sabedoria, ou Ciência Gaiata — (Die fröhliche Wissenschaft, 1882). — No terceiro capítulo deste livro é lançada o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem.
· Assim Falou Zaratustra, Um Livro Para Todos e Para Ninguém (Also Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen, 1883-85).

· Além do Bem e do Mal, prelúdio a uma filosofia do futuro (Jenseits von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft, 1886). Neste livro denso são expostos os conceitos de vontade de poder, a natureza da realidade considerada de dentro dela mesma, sem apelar a ilusórias instâncias transcendentes, perspectivismo e outras noções importantes do pensador. Critica demolidoramente as filosofias metafísicas em todas as suas formas, e fala da criação de valores como prerrogativa nobre que deve ser posta em prática por uma nova espécie de filósofos.
· Genealogia da Moral, uma polêmica (Zur Genealogie der Moral, Eine Streitschrift, 1887). Complementar ao anterior — como que sua parte prática, aplicada — este livro desvenda o surgimento e o real significado de nossos corriqueiros juízos de valor.
· O Crepúsculo dos Ídolos, ou Como filosofar com o martelo (Götzen-Dämmerung, oder Wie man mit dem Hammer philosophiert, agosto-setembro 1888). Obra onde dilacera as crenças, os ídolos (ideais ou autores do cânone filosófico), e analisa toda a gênese da culpa no ser humano.
· O Caso Wagner, um problema para músicos (Der Fall Wagner, Ein Musikanten-Problem, maio-agosto 1888).
· O Anticristo(Der Antichrist. Fluch auf das Christentum, setembro 1888). — Contra o Cristianismo ou o Anti-cristão seriam traduções possíveis para esta obra. Apesar de apontar Cristo, mesmo em sua concepção “própria”, como sintoma de uma decadência análoga à que possibilitou o surgimento do Budismo, nesta obra Nietzsche dirige suas críticas mais agudas a Paulo de Tarso, o codificador do cristianismo e fundador da Igreja. Acusa-o de deturpar o ensinamento de seu mestre — pregador da salvação no agora deste mundo, realizada nele mesmo e não em promessas de um Além — forjando o mundo de Deus como a cima e além deste mundo. "O único cristão morreu na cruz", como diz no livro que seria o início de uma obra maior a que deu sucessivamente os títulos de Vontade de Poder e Transmutação de Todos os Valores: uma grande composição sinótica da qual restam apenas meras peças (O Anticristo, O Crepúsculo dos Ídolos e o Nietzsche contra Wagner) não menos brilhantes que a restante obra.
· Ecce Homo, como se tornar aquilo que é (Ecce Homo, Wie man wird, was man ist, outubro-novembro 1888). — Uma autobi(bli)ografia, onde Nietzsche, ciente de sua importância e acometido por delírios de grandeza, acha necessário, antes de expor ao mundo a sua obra definitiva (jamais concluída), dizer quem ele é, por que escreve o que escreve e por que “é um destino”. Comenta as suas obras então publicadas. Oferece uma consideração sobre o significado de Zaratustra. E por fim, dizendo saber o que o espera, anuncia o apocalipse: “Conheço minha sina. Um dia, meu nome será ligado à lembrança de algo tremendo — de uma crise como jamais houve sobre a Terra, da mais profunda colisão de consciências, de uma decisão conjurada contra tudo o que até então foi acreditado, santificado, requerido. (…) Tenho um medo pavoroso de que um dia me declarem santo: perceberão que publico este livro antes, ele deve evitar que se cometam abusos comigo. (…) Pois quando a verdade sair em luta contra a mentira de milênios, teremos comoções, um espasmo de terremoto, um deslocamento de montes e vales como jamais foi sonhado. A noção de política estará então completamente dissolvida em uma guerra de espíritos, todas as formações de poder da velha sociedade terão explodido pelos ares — todas se baseiam inteiramente na mentira: haverá guerras como ainda não houve sobre a Terra.” (Porque sou um destino §1, trad. Paulo César Souza)
· Nietzsche contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke eines Psychologen, dezembro 1888).

Por quê Cinema, Filosofia e Cultura.


Essas três palavras estão atualmente associadas. Eu poderia ter começado por Filosofia, uma vez que de todas, essa seja a fundamental para o restante mas, como não sigo exatamente certos conceitos, quebro já aqui um deles.


O mais importante é que saibam que aqui poderão encontrar os três assuntos sempre atualizados e publicados. Eu mesmo já tentei fazer outros blogs e sites e não tive tempo para terminar em virtude de outros compromissos, mas desta vez tentarei ir até o fim sempre mantendo todos informados sobre tudo o que se refere ao título deste blog. Você poderá encontrar por exemplo não só detalhes de qualquer filme, mas especialmente os mais raros, cults, interpretações sobre os mesmos, comparações e influências filosóficas nas obras da Sétima Arte.


A tudo isso resume-se então finalmente a uma palavra: Cultura. Claro que vocês já tinham percebido isso mas não custa nada deixar bem óbvio para os novatos de plantão.
Como não podia deixar passar, esse Blog tem que ter os principais mestres da minha vida, isto é, os mestre que exercem grande influência no meu pensamento, meu modo de viver. Claro que penso por mim mesmo, porém quem já não se sentiu inspirado a seguir alguém que se destacou e muito sobre algo que lhe é extremamente importante? Portanto, Nietzsche, o maior filósofo de todos os tempos não poderia jamais deixar que estar junto a um trabalho meu. Postarei a seguir um pouquinho de sua vida e sua bibliografia para que o conheçam melhor.